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A Igreja Versus o Mundo

John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master’s College and Seminary e do ministério “Grace to You”; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos.

Por que os evangélicos tentam cortejar desesperadamente o favor do mundo? As igrejas planejam seus cultos com o objetivo de agradar as pessoas que não freqüentam qualquer igreja. Artistas cristãs imitam todas os estilos efêmeros do mundo tanto na música como no entretenimento. Os pregadores estão horrorizados com o fato de que a ofensa do evangelho pode colocar alguém contra eles, por isso omitem deliberadamente partes da mensagem que o mundo não aprovara.

O evangelicalismo parece ter sido seqüestrado por legiões de porta-vozes carnais que estão fazendo o melhor que podem para convencer o mundo de que a igreja pode ser tão inclusiva, pluralista, mente aberta como as pessoas mais mundanas.

A busca pela aprovação do mundo é o mesmo que prostituição espiritual. De fato, essa foi exatamente a figura que o apóstolo Tiago usou para descrevê-la. Ele escreveu: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4.4).

Sempre existiu e existirá uma incompatibilidade fundamental entre a igreja e o mundo. O pensamento cristão não se harmoniza com todas as filosofias do mundo. A fé genuína em Cristo envolve uma negação de todos os valores mundanos. A verdade bíblica contradiz todas as religiões do mundo. O cristianismo é, por essa razão, oposto a quase tudo que este mundo admira.

Jesus disse aos seus discípulos: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (João 15.18-19).

Observe que nosso Senhor considerou uma realidade absoluta o fato de que o mundo desprezaria a igreja. Em vez de ensinar seus discípulos a tentarem conquistar o favor do mundo, por reformularem o evangelho, para que este se adequasse às preferências do mundo, Jesus advertiu expressamente que a busca pelos louvores do mundo é uma característica dos falsos profetas: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lucas 6.26).

Depois, ele esclareceu: "O mundo... me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más" (João 7.7). Em outras palavras, o desprezo do mundo para com o cristianismo origina-se de motivos morais, e não intelectuais: "O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras" (João 3.19-20). Essa é a razão por que, não importando quão profundamente diversa seja a opinião do mundo, a verdade cristã nunca será popular no mundo.

No entanto, em quase toda a era da história da igreja, tem havido pessoas na igreja que estão convencidas de que a melhor maneira de ganhar o mundo para Cristo é satisfazer os gostos do mundo. Essa maneira de agir sempre trouxe detrimento à mensagem do evangelho. As únicas épocas em que a igreja causou impacto significante no mundo foram aquelas em que o povo de Deus permaneceu firme, recusou comprometer-se e proclamou com ousadia a verdade, apesar da hostilidade do mundo. Quando os cristãos se esquivaram da tarefa de confrontar as ilusões mundanas populares com as verdades bíblicas impopulares, a igreja perdeu a sua influência e mesclou-se impotentemente com o mundo. Tanto a Escritura como a história atestam esse fato.

E a mensagem cristã não pode simplesmente ser mudada para se conformar com as vicissitudes das opiniões do mundo. A verdade bíblica é fixa e constante, não sujeita a mudança ou adaptação. Por outro lado, a opinião do mundo está em fluxo constante. As tendências e as filosofias que dominam o mundo mudam radicalmente, com regularidade, de geração a geração. A única coisa que permanece constante é o ódio do mundo para com Cristo e o seu evangelho.

Com toda a probabilidade, o mundo não adotará por muito tempo qualquer ideologia em voga neste ano. Se o padrão da história serve como indicador, quando os nossos netos se tornarem adultos, a opinião do mundo será dominada por um sistema completamente novo de crença e todo um novo sistema de valores. A geração de amanhã renunciará todas as modas e filosofias passageiras de hoje. Todavia, uma coisa se manterá inalterada: até que o Senhor volte e estabeleça seu reino na terra, qualquer ideologia que ganha popularidade no mundo será hostil à verdade bíblica, como o foram as suas antecessoras.
Traduzido por: Wellington Ferreira

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